sexta-feira, 29 de abril de 2011

Policia Militar em Feijó Faz Repreensão ao Furto Nesta Manhã


                             Na manhã desta sexta-feira a guarnição da policia militar comandado pelo Sgt PM Da Costa, realizou duas apreensões de furto, tirando assim de circulação dois indivíduos que atormentavam a cidade com a prática de furtos, o primeiro foi o menor  D. B. (piu-piu), com ele foi apreendido 27 (vinte e sete) relógios ; 10 (dez) bonés; 03 (três) blusas; 06 (seis) frascos de perfume; 01 (um) creme de axila; e 01(uma) mochila. Mas segundo a Vítima Francisca Rosa Borges de Brito, proprietária da loja furtada, os produtos que foram furtados de sua loja foram, 56 (cinquenta e seis) blusas; 48 (quarenta e oito) bermudas; 08 (oito) dúzias de cuecas; 05 Kit’s de perfume; 01 (um) jogo de panelas; 24 (vinte e quatro) bonés; e 02 (dois) ventiladores. E segundo a vítima “C” seus produtos furtados foram os seguintes: uma quantidade de relógios no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais); uma quantidade de bolsas e mochilas no valor de 3.000,00 (três mil reais); uma quantidade de gravadores no valor de 2.000,00 (dois mil reais). Após os procedimentos policiais o menor foi foi entregue a delegacia local para ficar disposição da justiça.
                                     O segundo a ser tirado de circulação foi o maior Charles dos Santos, que após a policia militar receber uma denuncia de que um rapaz andava com um jabuti em um isopor oferecendo a venda, se deslocou até o local informado, mas o mesmo já estava chegando em sua  casa, a mãe do mesmo então informou que o jabuti era roubado e ele estava vendendo para comprar drogas, autorizando a entrada da policia, ao adentrar a casa a guanição da PM foi surpreendida, pois, o mesmo reagiu fortemente contra os policiais com socos e pontapés resistindo à prisão, onde foi necessário usar a força moderada para mobilizá-lo. Charles já é muito conhecido por realizar inúmeros furtos, inclusive já existe alguns inquéritos em desfavor do mesmo, e graças ao trabalho da policia sua ação foi bloqueada nesta manhã. A policia militar está executando seu trabalho, mas precisa da ajuda da comunidade, que pode contribuir muito para a redução da criminalidade, como por exemplo fazendo denuncias através do 190.
 GUARNIÇÃO OPERACIONAL
 OBJETOS APREENDIDOS
Fonte: Feijó em noticia

Coronel Anastácio manda duro recado a militares

                    O comandante da Policia Militar do Acre, Cel. Anastácio, mandou um duro recado aos militares com relação ao movimento que está sendo planejado para a próxima semana.

A mensagem veio de integrantes que participaram de uma reunião com os comandos da PM e CBMAC.
O coronel, segundo o site de relacionamento dos militares, teria ameaçado uma ação enérgica em conjunto com as instituições: Tribunal de Justiça, Procuradoria Geral do Estado e o Ministério Público Estadual.

- Naquele 4 de maio as coisas estavam desorganizadas, vocês e o governo não estavam preparados para o dia. Não havia planejamento e ninguém esperava que vocês fossem ficar acampados na frente da casa rosada. Dessa vez o estado já está preparado, com o Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral do Estado e o Ministário Público Estadual – afirma o blog terem sido essas as palavras do Coronel.

Ainda em tom de ameaça, segundo a informação, o coronel teria afirmado que “o governo do estado ainda é muito forte".

Jairo Carioca – da redação de ac24horas

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dez crenças que você precisa abandonar para ter sucesso profissional

Homem come o próprio filho recém nascido em ritual satânico

Moradores do município de Tabubil “Nova Guine” província do oeste, do estado do Maranhão ficaram estarrecidos com uma ocorrência macabra registrada no último domingo, 24, quando um criança recém nascida foi comida viva pelo próprio pai em frente a uma multidão.
Segundo informações, o fato aconteceu como pagamento de uma promessa macabra por questões de religiosidade.
Já que o pai freqüenta uma “seita” satânica.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Começa hoje a campanha nacional de vacinação contra a gripe

Imunização segue até 13 de maio em 65 mil postos pelo país.
Além de idosos e indígenas, gestantes e crianças devem ser vacinadas

A 13ª edição da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa nesta segunda-feira (25) e segue até 13 de maio. Para este ano, a principal diferença da ação é que, além de idosos e populações indígenas, deverão ser imunizadas crianças entre 6 meses e 2 anos, gestantes e profissionais da saúde.

A campanha pretende vacinar, em 65 mil postos pelo país, 23,8 milhões de pessoas – 80% da população alvo. A ampliação do público da campanha foi estabelecida porque as complicações da influenza (pneumonias bacterianas ou agravamento de doenças crônicas já existentes, como diabetes e hipertensão) são mais comuns nesses grupos.
A vacina a ser distribuída protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério sul, entre eles o da influenza A (H1N1). Para a realização da campanha, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 32 milhões de doses da vacina contra a influenza.
Para a vacinação de crianças, a orientação do Ministério da Saúde é que os pais levem seus filhos duas vezes aos postos de vacinação, para a aplicação de meia dose em cada vez. É essencial que a criança retorne ao posto de saúde 30 dias após receber a primeira dose da vacina para que seja aplicada a segunda dose.

Dona de casa cobra R$ 2 para visitas ao pé de maracujá em formato de orgão sexual

Fruto foi plantado no quintal de uma casa em São José de Ribamar (MA).
Quem quiser filmar tem de pagar R$ 20; para fotografar o preço é R$ 15.

A dona de casa Maria Rodrigues de Aguiar Farias, 53 anos, está cobrando uma taxa de visitação ao maracujazeiro que ela plantou no quintal de sua casa, em São José de Ribamar (MA), há dois anos. O interesse pela pequena plantação dela foi motivado pela fruta, que cresce em formato de órgão sexual masculino.

Maria Rodrigues de Aguiar Farias mostra seu maracujazeiro (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press. ) 
 Maria Rodrigues de Aguiar Farias mostra seu maracujazeiro
"Desde que descobriram que tinha uma fruta assim no meu quintal, muita gente começou a querer ver com os próprios olhos. Era muita gente mesmo. O problema é que, para chegar ao quintal, as pessoas tinham de passar por dentro da minha casa. Em uma dessas visitas, levaram o meu celular", disse Maria ao G1.


Depois do prejuízo provocado pelo pequeno furto, a dona de casa resolveu limitar a visitação. "Passei a cobrar R$ 2 para visitantes; R$ 15 para fazer fotografias; e R$ 20 para fazer filmagem", afirmou ela.

Dona Maria disse que o maracujazeiro está em plena produção. "Tem maracujá demais. Tem mais de 40 frutos lá. Eles ficam amarelinhos quando amadurecem."


Até os primeiros maracujás em formato de pênis surgirem no quintal dela, a vida era pacata e calma, mas depois da inusitada plantação, a dona de casa passou a ser reconhecida nas ruas da cidade onde mora. "Era muita gente na minha casa. Chegava a ficar sem comer para conseguir olhar todas as pessoas que faziam visitas", disse ela.

Maracuja (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press) 
Maracuazeiro dá fruto em formato fálico (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press)
Perguntada se provou o tal maracujá fálico, dona Maria respondeu, inicialmente, que tinha provado a fruta. "Comi a polpa, que parece melão ou abacate. Eu cortei de comprido e experimentamos. Não é amargo, nem azedo e nem muito doce, é suave".


Mas, depois, dona Maria voltou atrás, em meio a risos, dizendo que nem ela e nem sua família ainda tiveram coragem de experimentar o sabor do inusitado fruto. "Não comemos ainda, não. Mas já que plantei, plantei para comer, não é para deixar na árvore", disse a dona de casa.


Pesquisa científica
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão acompanhando, há pouco mais de um mês, o desenvolvimento do maracujá que cresce em formato de órgão sexual masculino.


"A dona de casa nos disse que o maracujá surge no formato ovalado e depois se desenvolve com aquele formato. É a primeira vez que temos notícias de um fruto com essas características aqui no Maranhão", disse Marcelo Cavallari, pesquisador de recursos genéticos vegetais da Embrapa.


Os maracujás que estão no quintal da dona de casa têm a coloração verde. "O aspecto é saudável, não está doente. Tirando o formato, é sadio. O tempo de maturação costuma ser de um mês a um mês e meio, mas está demorando mais para amadurecer", disse Cavallari.


Filomena Antonia de Carvalho, coordenadora de Defesa Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Maranhão, visitou a casa de Maria Rodrigues ainda em janeiro deste ano. "Não temos condições de avaliar o que aconteceu com o maracujá, por isso acionamos os pesquisadores da Embrapa. Fizemos, então, uma segunda visita ao local com eles."


"É bem grande, é bem grosso mesmo. Chega a ter entre 15 e 20 centímetros de comprimento. Não há motivo para que o maracujá não seja consumido por causa do formato, mas também não sabemos como é por dentro", disse Cavallari.

Ele explicou que a dona de casa precisa assinar um termo de anuência prévia de provedor, o que permitirá fazer genéticas do fruto.

A S Camilo e Aremados são os campeões do torneio inicio do campeonato de FUTSAL 2011 em Feijó

              A S Camilo e Aremados foram os campeões (1ª e 2ª divisão respectivamente) do torneio início do campeonato de futsal 2011 em Feijó.
              O evento aconteceu das 14:00 hs as 21:30 deste domingo (24.04) com a participação de 16 clubes sendo 8 da 1ª e 8 da 2ª divisão, o público compareceu em massa para prestigiar grandes jogos.
               Este que é o evento esportivo mais importante do município ao longo de todo ano na qual proporciona alegria e uma grande opção de laser para os feijoenses.
    
                                     A S Camilo Campeão da 1º divisão  

                                                       Aremados Campeão da 2º divisão

sábado, 23 de abril de 2011

Polícia Federal otimista quanto à abertura de 1.352 vagas

Os cargos têm como requisito o ensino superior completo em qualquer área e proporcionam remuneração inicial de R$7.818,33 (já com auxílio-alimentação de R$304).
Tendo divulgado ainda em 2010 a programação de abertura de 1.352 vagas em concursos para as áreas policial (1.024 vagas) e administrativa (328), a Polícia Federal (PF) vive a expectativa de ser relacionada entre as possíveis exceções ao adiamento de concursos, e também nomeações, no Executivo federal. A previsão é que até o fim deste mês o Ministério do Planejamento conclua o estudo que irá definir os casos que não serão postergados.

A PF possui pedidos em análise no Planejamento para a realização de dois concursos para a área policial, com 512 vagas cada. Um deles é para 396 vagas de agente e 116 de papiloscopista, enquanto o outro é para 362 vagas de escrivão e 150 de delegado.

Os cargos têm como requisito o ensino superior completo em qualquer área e proporcionam remuneração inicial de R$7.818,33 (já com auxílio-alimentação de R$304). A exceção é o cargo de delegado, cuja exigência é o bacharelado em Direito e a remuneração é de R$13.672,68. Para todos eles, é exigida ainda a carteira de habilitação ("B" ou superior).

Para a área administrativa, a meta é oferecer 328 vagas de agente administrativo, destinadas a quem possui pelo menos o ensino médio completo. A remuneração inicial, nesse caso, é de R$3.203,97.

O reforço no efetivo da PF é importante para ampliar o combate ao tráfico de drogas e armas no país e ao crime organizado, além de dotar o departamento de estrutura adequada para fazer frente à demanda gerada pelos grandes eventos que serão realizados no país, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Primeiro índio acreano com mestrado

                                              Joaquim Paulo de Lima Kaxinawá
Texto e fotos: Romerito Aquino
De índio a seringueiro, de seringueiro a peão, de peão a índio e de índio a pós-graduado na Universidade de Brasília (UnB). Essa é a trajetória que o índio Joaquim Paulo de Lima Kaxinawá, mais conhecido como Maná, acaba de concluir ao defender, na Universidade de Brasília (UnB), sua tese de mestrado sobre a língua e a cultura de seu povo Huni Kui. Com as presenças de professores, universitários e representantes de seu povo, Joaquim Maná, primeiro índio acreano a virar mestre, passou boa parte de uma tarde no Instituto de Letras da UnB explicando aos doutores lingüistas o confronto de registros e memórias sobre a língua e a cultura Huni Kui desde o historiador João Capistrano de Abreu até aos dias atuais, nome que deu a sua dissertação de pós-graduação em lingüística. Na dissertação, muito aplaudida e comemorada pelos presentes e aprovada pelos doutores da banca examinadora, Joaquim Maná apresenta o estudo lingüístico de três histórias dos índios Kaxinawá que foram registradas pelo famoso historiador brasileiro João Capistrano de Abreu quando de sua passagem pelo Acre, no início do século passado. Os registros das histórias contadas por dois jovens Huni Kui foram feitos por Capistrano de Abreu há exatamente um século em seu trabalho literário denominado de “Dois documentos sobre Caxinauás – 1911/1912” Os dois índios kaxinawá, contatados por Capistrano, eram originários do rio Ibuaçu, em Tarauacá e contaram ao historiador cearense especializado em etnografia e em linguística as histórias do “Homem sovina” (Yauxiku nawa, em kaxinawá), do “João de barro” (Tsuna) e do “Homem aleijado” (Huni txãtu). Em seu trabalho, o agora mestre Joaquim Maná destaca que o objetivo principal de sua dissertação é o exercício da pesquisa e da análise linguística de um indígena brasileiro Huni kui sobre sua própria língua. Maná também destaca que quis colaborar com uma atualização da escrita dos textos e palavras Hãtxa kui, usada por Capistrano de Abreu, de forma a torná-la legível para o seu povo Huni kui. Enaltecendo a importância da obra do historiador cearense para o conhecimento de seu próprio povo, Joaquim Maná faz questão ressaltar que outro objetivo de seu trabalho “foi o de contribuir para o conhecimento linguístico da língua Hãtxa kui do Brasil”. Para fazer a análise dos textos, Joaquim Maná diz que as três histórias relatadas por Capistrano marcam muito seu povo, pois tratam da convivência e comunicação que ele tem com os animais desde os primeiros dias de sua origem. As histórias tratam, também, de onde os Huni kui obtiveram os conhecimentos sobre o fogo e os legumes. Uma das histórias, segundo assinala Maná, trata da transformação do homem aleijado em jabuti e das técnicas do como trabalhar a cerâmica. “Foneticizamos e fonemizamos os dados de Capistrano, tomando como referência a fala dos Huni kui do Brasil. Segmentamos as palavras em suas unidades morfológicas constitutivas e fui analisando-as no contexto sintático em que ocorrem, mas também situando os trechos e sentenças em situações discursivas do quotidiano Huni kui de forma a entender suas funções pragmáticas nas relações entre falantes e ouvintes”, assinala Maná.

Resgatando a língua
Além de estudar lingüistas como Stephen Anderson, Eugenio Coseriu, Robert Dixon, Keenan Comrie e John Palmer, e antropólogos como Terri Valle de Aquino e Marcelo Piedrafita Iglesias, Joaquim Maná assinala que, para desenvolver sua dissertação, também foi fundamental a leitura dos estudos sobre a língua Pano, falada pelo seu povo Kaxinawá. Ele lembra que o contato com fenômenos de outras línguas indígenas, faladas pelos colegas de curso da UnB, como os Kamaiurá, além da Língua Geral Amazônica, também foram muito importantes para o entendimento de fenômenos linguísticos comuns, além de fenômenos presentes unicamente em uma ou outra das línguas indígenas brasileiras. Em sua dissertação, Joaquim Maná destaca que ela tem por objetivo estudar sua língua para resgatá-la para a atual e futuras gerações de Kaxinawá, pois em apenas seis, das 11 terras indígenas Huni Kui, só os mais velhos falam o hãtxa kui. Crianças e jovens não falam mais a língua. Os Huni kui são um povo de origem Pano, que se localiza no Acre e no Sudeste do Peru. Eles falam uma língua da família linguística Pano, sendo uma das menores famílias linguísticas da América do Sul. No Acre, no entanto, os Huni kui se constituem no maior grupo indígena, com 7.546 indivíduos, distribuídos em 11 terras ao longo dos municípios de Tarauacá, Jordão, Feijó, Marechal Taumaturgo e Santa Rosa. “A presente dissertação foi o maior estímulo para que continuássemos os nossos estudos linguísticos sobre nossa língua nativa em nível de doutorado”, destaca Joaquim. Tendo acessado este nível de estudos, Maná diz que pretende responder às várias interrogações que permaneceram sobre a língua e a cultura dos Huni kui. Ele destaca seu objetivo de desenvolver e fundamentar hipóteses linguísticas, individualmente ou com outros pesquisadores, Huni Kui ou não, sobre temas linguísticos que contam para a sua compreensão com a intuição, mas, sobretudo, com a experiência de falantes nativos dessa língua, de forma a contribuir para o avanço do seu conhecimento científico e também para fortalecimento de sua transmissão para gerações futuras. Em sua dissertação, o mestre lingüista Huni Kui defende a constituição de uma escola infantil que, se for bem planejada e bem conduzida, pode ser, segundo ele, um espaço de reconstrução de parte das perdas lingüísticas e culturais que ocorreram durante a implantação das primeiras escolas nos anos 80. “Para isso, há que pensar e refletir as conseqüências que já tivemos e o que pode ocorrer se não buscarmos a forma mais adequada para o fortalecimento cultural e linguístico do povo Huni kui”, completa Maná. Joaquim Maná também defende ser necessário elaborar o Projeto Político Pedagógico de acordo com as especificidades de cada povo, de cada região e de cada escola. “É necessário também estabelecer critérios e regimentos que norteiem o funcionamento desse espaço, tornando-o mais voltado para o fortalecimento dos conhecimentos culturais, das políticas sociais locais, dos valores espirituais e da cultura lingüística de cada povo”, assinala. “Vim ao mundo para ter a idéia de caminhar no conhecimento” Nascido há 58 anos no grande seringal Alagoas, Joaquim Maná, fala baixo, pausado, mas com firmeza de quem sempre soube o que quis ser na vida, sobre a sua ascensão de seringueiro a mestre em lingüista pela Universidade de Brasília. Primeiro índio acreano com mestrado e pai do atual assessor indígena do governo do Acre, Zezinho Kaxinawá, Joaquim Maná debita sua vitória de mestre da linguística à família, às instituições que lhes deram oportunidade e ao seu belo povo Huni Kui.

Qual a sensação de sair da aldeia e vir ser mestre numa das mais importantes universidades do Brasil?
Para mim, foi um desafio enfrentar toda essa caminhada. Comecei a lidar com o conhecimento da escrita quando já tinha 20 anos. A idéia era apenas saber ler e escrever e continuar trabalhando no seringal. Mas aos poucos a gente foi tendo mais oportunidades.


Onde e em que se graduou e como surgiu a oportunidade de fazer o mestrado?
Conclui em 2006 a graduação em Ciências Sociais na Universidade Estadual do Mato Grosso. Em 2008, soube que a Universidade de Brasília estava dando oportunidade para dois indígenas estudando suas línguas. Eu falei: eu quero também, pois era uma área que eu já vinha trabalhando. Em alguns momentos, eu tinha dificuldade de distinguir qual seria mesmo a correspondência da nossa fonética. Apesar de a gente ir definindo a grafia da nossa língua, tínhamos dificuldade de entender vários fonemas correspondentes a essa grafia.


Qual será o seu próximo passo?
Já estou selecionado para o doutorado em linguística no mesmo Instituto de Línguas da UnB, onde vou dar continuidade à minha dissertação de mestrado. Vamos fazer a descrição da língua para ensinar o conceito da escrita Hãxta Kui porque pela forma que os agentes (o professor, o agroflorestal e o de saúde) escrevem, eles apresentam dificuldade de representar a fonética pela escrita. É uma coisa que tentei fazer nesse mestrado e vou dar continuidade no doutorado. Para, assim, criar um programa de formação para o próprio Huni Kui, para que futuramente a nossa língua seja ensinada de uma forma correta, com a grafia definida por nós e não pelos pesquisadores.


A quem você debita o sucesso desse mestrado e de sua caminhada no conhecimento da língua Huni Kui?
Eu dedico a três instâncias. Primeira, a minha família, o meu pai, a minha mãe, que me botou nesse mundo para ter a idéia de caminhar no conhecimento. Segunda, dedico às instituições por onde eu passei e que sempre me apoiaram. E terceira, ao meu povo, que está no Brasil, está no Peru. Espero que a gente consiga fazer um trabalho em conjunto para que todo o povo Huni Kui, tanto do Brasil quanto do Peru, tenha essa compreensão de que a gente tem que decidir a grafia do Hãxta kui. (R.A.)


Do falar escondido à defesa da língua Hãxta kui na academia
“Um linguista indígena importante que está contribuindo para o conhecimento científico das línguas indígenas brasileiras”. É assim como a professora e doutora linguista Ana Suelly Arruda Câmara Cabral classifica o índio Joaquim Maná, agora mestre em linguística pela Universidade de Brasília, uma das mais renomadas do país. Como orientadora de sua tese de mestrado, Ana Suelly considera que a história do mestre indígena Kaxinawá se confunde com a própria história da educação indígena do Acre, que mostrou ser uma educação diferenciada e que, como pioneira, revolucionou a história da educação indígena no Brasil. Uma educação que, a partir do trabalho importante da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC), mostra ser capaz, como destaca Suelly, de levar um índio à universidade, ao mestrado e doutorado, onde Joaquim Maná já está selecionado. “O trabalho do Joaquim tem vários pontos relevantes. Ele como indígena está mergulhando na descrição lingüística de sua própria língua. É ele tentando olhar sua língua de fora, documentando-a, analisando-a e se preparando, com isso, para formar professores indígenas, dando esse conhecimento lingüístico que ele está acumulando aos outros professores Kaxinawá”, assinala a doutora Suelly. Outra professora que aprovou e testemunhou a importância do trabalho de Joaquim Maná sobre língua dos índios Huni Kui foi a doutora linguista Maria Lisa Ortiz, também participante da mesa examinadora do Instituto de Letras. “Só tenho a agradecer a oportunidade de conhecer a riqueza cultural e língua de seu povo”, disse Ortiz, ao destacar a “forma tão bonita” com que o mestre linguista Kaxinawá levantou os dados sobre a língua de seu povo e os cuidados que devem ser adotados para a sua preservação em favor das atuais e futuras gerações indígenas. Apresentado pela doutora Ana Suelly como o cientista social que permitiu ao Brasil e o mundo saber que “havia índio no Acre”, o antropólogo Terri Valle de Aquino foi outro que deu seu testemunho sobre a importância científica da dissertação de mestrado de Joaquim Maná, que ele conheceu muito jovem, em meados da década de 70, enquanto disseminava entre os Kaxinawá a semente da organização para a retomada de seus antigos territórios. Emocionado, Terri Aquino parabenizou Maná por ser agora seu “ilustre” colega de mestrado, uma vez que o antropólogo também fez sua pós-graduação na mesma UnB, por coincidência abordando a situação do próprio povo Kaxinawá, que de índios, haviam virado seringueiros e estavam virando peões de fazenda nas décadas de 60 e 70 no Acre. Terri Aquino lembrou que a dissertação de mestrado de Joaquim Maná sobre o estudo da língua de seu povo representa um salto histórico na vida dos Kaxinawá, que na década de 70 já era um povo totalmente despossuído de território, de tradições, de cultura e que tinha vergonha de falar a sua língua na frente dos brancos. “Esse trabalho do Joaquim está inserido dentro da perspectiva da retomada da cultura Kaxinawá, que está bebendo não um copo, mas uma panela de cultura, trazendo a beleza desse modo de ser Kaxinawá e valorizando a sua língua. Naquela época, com a crise dos seringais, os Kaxinawá já diziam que não eram mais seringueiros, mas Huni Kui...” (R.A.)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Jorge Viana e Aníbal Diniz debatem Reforma Política no Juruá

Encontro realizado em Cruzeiro do Sul reuniu lideranças de diversos segmentos sociais e políticos de vários partidos, entre os quais, os prefeitos Vagner Sales e Cleidson Rocha, do PMDB
O Memorial José Augusto, também conhecido como Teatro José Alencar, de Cruzeiro do Sul, ficou lotado na noite desta sexta-feira de políticos de diversos partidos líderes comunitários, sindicalistas, vereadores, profissionais liberais, professores, estudantes e representantes de da sociedade do Vale do Juruá. O grupo participou de mais um seminário sobre a Reforma Política que está sendo debatida no Congresso Nacional. Organizado pelos gabinetes dos senadores Jorge Viana (PT) e Aníbal Diniz (PT), o seminário contou ainda com a participação do marqueteiro e especialista em legislação eleitoral Gilberto Braga.
Por mais de duas horas, os senadores apresentaram as propostas que estão em debate no Congresso Nacional e ouviram sugestões e questionamentos da platéia que contou ainda com presença do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), o prefeito de Mâncio Lima, Cleidson Rocha (PMDB), o professor Marcelo Siqueira da Ufac e o presidente da Associação Comercial, Marcos Vinícius, além de empresários de vários segmentos e do deputado federal Sibá Machado.
Primeiro a falar, o senador Jorge Viana explicou o andamento da proposta de reformulação na Legislação Eleitoral do país e as mudanças que eles devem gerar no processo eleitoral dos próximos anos. A proposta já aprovada na Comissão Especial do Senado, da qual Jorge Viana é membro titular, propõe temas ousados como o financiamento público de campanhas, fim das coligações partidárias e da reeleição e visa corrigir distorções na legislação atual.
“Nós estamos inaugurando uma nova forma de fazer política, discutindo temas importantes da sociedade. No caso da reforma, pode ser que a que fora aprovada, não seja, ainda, a reforma ideal, mas o Congresso precisa melhorar legislação eleitoral e acabe a insegurança jurídica que vivemos hoje, para que o eleitor, ao votar, saiba o valor real do seu voto”, disse Jorge Viana, lembrando que esta é uma questão prioritária sob todos os aspectos.
“Ou nós fazemos uma Reforma Política mudando o Código Eleitoral, ou então vamos desmoralizar algo que é tão precioso para o povo brasileiro, que pode mudar para melhor a nossa vida, que é o processo da eleição, da democracia”, disse Viana.
No início do mês, Jorge Viana apresentou no Senado, um projeto que limita os gastos nas campanhas eleitorais estabelecendo um teto de gastos para os candidatos aos diversos cargos, tanto do Executivo quanto do Legislativo. “A população, que já sofre tantas dificuldades, não agüenta mais ver tanta fartura em época de eleição. Na época de campanha, parece até que dinheiro brota do chão. É preciso equilíbrio”.
O amplo debate, com participação de lideranças suprapartidárias foi elogiado pelo senador Aníbal Diniz. “A participação de vários partidos e de pessoas que divergem das nossas idéias é sempre muito bom. As pessoas polemizaram. Discutiram questões importantes. É assim que o Brasil fortalece a sua democracia. Com o povo participando e dando suas opiniões sobre este assunto tão importantes para o desenvolvimento do país, que é a Reforma Política” – disse.
Plenária do PT – Na manhã deste sábado, Jorge Viana e Aníbal Diniz visitaram o mercado municipal de Cruzeiro do Sul, conversaram com diversas lideranças políticas do Vale do Juruá e participaram da Plenária do Partido dos Trabalhadores na região do Vale do Juruá, debatendo vários temas como os 100 dias do governo da presidenta Dilma e do governador Tião Viana e as teses do partido para os próximos meses.

Sociedade participa do debate e apresenta sugestões
O Prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, tradicionalmente adversário da Frente Popular no Vale do Juruá e participou ativamente dos debates. Ele lembrou que foi o prefeito que mais disputou eleições na região, e que em mais de 20 anos de política, nunca concorreu com uma legislação igual, “a lei eleitoral nunca é a mesma”. Segundo ele, o debate proposto por Jorge Viana e Aníbal Diniz é importante, pois a tendência é de que agora se defina a legislação e a indefinição é muito ruim para a democracia.
Vagner Sales disse, por exemplo, que compartilha da tese do ex-presidente Lula de que se deveria convocar os deputados constituintes para isso um debate específico do tema e que é contra é contra a reeleição “O gestor precisa de mais tempo de mandato para desenvolver seu trabalho”.  Vagner Sales é a favor do voto obrigatório, da fidelidade partidária, do fim das coligações e contra o voto em lista fechada.
O professor universitário Marcelo Siqueira disse que a proposta de lista fechada seria excelente, mas o povo brasileiro ainda não tem maturidade pra isso. Citou como problemas graves da legislação atual as brechas jurídicas que permite a criação de novos partidos como o PSD, proposto pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. “O PSD está sendo criado se valendo de acordos e janelas abertas na legislação eleitoral e, dessa forma, conseguiu sugar políticos de outros partidos e até do Acre, para defender os interesses de outros estados”, disse.
O Prefeito de Mâncio Lima Gleisdon Rocha destacou o fato de que existem dificuldades para que a população compreenda os pontos mais polêmicos que estão em debate na reforma política e elogiou os senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz pela abertura do diálogo com a sociedade de todos os municípios acreanos.

domingo, 17 de abril de 2011

Índio de Feijó preso por tráfico de drogas na cidade de Tarauacá


Por Volta das 10h50m de sábado (16), a guarnição de serviço, comandada pelo Sgt PM Jose Maria, recebeu uma denúncia de que José Romario Lima Felix, 27 anos, morador da Rua Cap. Hipólito, teria comprado maconha de um índio. Ao ser abordado a polícia encontrou com o mesmo uma trouxa de maconha. Romário foi entregue na Delegacia juntamente com o entorpecente apreendido.

Em seguida, às 11h20m, os policiais Militares Sgt osé Maria, Sgt edro Gomes, Sgt S. Filho e SD Bruno, foram ao Mercado Público e prenderam o Índio Jose Guilherme Nunes Ferreira, morador da Aldeia Paroá, que fica no Rio Envira, Municipio de Feijo, portando 17 (dezessete) trouxinhas de maconha, todas muito bem embaladas em sacos plásticos e mais R$147,00.
O Major Gonzaga disse estar preocupado com mais esse caso de indígenas comercializando drogas. Pois há pouco tempo a Polícia prendeu um indígena no municipio de Jordão pelo mesmo motivo. O Major vai apelar para as autoridades ligadas à área indígena para que sejam tomadas medidas no sentido de entender o que está acontecendo para que se tomem as providências necessárias.