O Acre se prepara para ser o endereço do peixe na Amazônia e abocanhar parte do mercado nacional e internacional do produto. O Brasil importa 60% do peixe que consome, e espécies como o tambaqui e o surubim encontram cada vez mais espaço em mesas europeias e asiáticas. Além de negócio promissor, a piscicultura também é amiga do meio ambiente, pois ocupa áreas alteradas e reduz a pressão sobre o desmatamento, podendo, inclusive, ser consorciada com outras atividades.
Para isso, o governo do Estado está investindo, junto com a iniciativa privada, R$ 53 milhões na Peixes da Amazônia S/A, um complexo industrial com fábrica de ração, laboratório de alevinagem e um frigorífico, tudo dentro da mais moderna tecnologia. E os pequenos produtores não estão fora do projeto. O governo está construindo cinco mil tanques (R$ 35 milhões) – mais de dois mil já estão prontos –, e através das cooperativas e associações a produção familiar tem espaço garantido na indústria, inclusive com divisão de lucros.
“São 16 mil famílias de pequenos produtores envolvidas nesse programa. O complexo industrial vai produzir os alevinos e a ração, e os produtores farão a engorda do peixe”, disse o secretário de Produção, Lourival Marques.
O governo federal é um dos grandes parceiros desse projeto, e a presidente Dilma Rousseff liberou mais R$ 20 milhões para a construção de novos tanques de piscicultura, dessa vez sem a necessidade de contrapartida dos produtores. É esse convênio que o ministro da Pesca e Aquicultura Marcelo Crivella vem assinar com o governador Tião Viana nesta quinta-feira, 6.
O investimento total do programa da piscicultura é de R$ 85 milhões, com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), governo do Estado, governo federal, iniciativa privada e Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird).
Agência de Noticias do Acre