segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bolsa Ambiente vai ajudar na preservação e recuperação do rio Acre

Com o auxílio, cada família vai receber R$ 1,2 mil para desenvolver ações de proteção ao manancial
A Bolsa Ambiente, instrumento lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff em pacote de ações de combate à miséria, deve contribuir para a preservação e recuperação do rio Acre. O anúncio foi feito na tarde de ontem pelo governador Tião Viana em comemoração à Semana do Meio ambiente, que teve início no domingo, 5. Viana falou ainda da política ambiental que vem desenvolvendo e que norteiam o seu mandato, o quarto exercido pela Frente Popular do Acre.
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De acordo com o governador Tião Viana, rio Acre tem 60 mil hectares em suas margens em estado avançado de degradação
De acordo com o governador, o rio Acre tem 60 mil hectares em suas margens em estado avançado de degradação. Com a bolsa, cada família deverá receber R$ 1,2 mil para desenvolver atividade de trabalho vinculada à preservação do meio ambiente. “Isso coincide com o projeto que já desenvolvemos que prevê o cuidado e recuperação das margens do rio Acre”, disso o governador. Ele afirmou que será feito um cadastramento das famílias ribeirinhas que estão nas áreas degradadas para que possam ser beneficiadas com a Bolsa Ambiente e possam desenvolver as atividades de preservação.
Essas famílias não vão deixar poluir, vão limpar e vão reflorestar e vão receber recursos da bolsa para desenvolver essa atividade.
Tião Viana lembrou que o governo do Estado já vem desenvolvendo atividades de recuperação de outros mananciais como o rio Iquiri. Em maio, o governo do Estado lançou o Projeto Iquiri Vivo, que tem como objetivo a conservação e restauração das nascentes da bacia do rio Iquiri, através da mobilização e participação de produtores rurais, pecuaristas, pescadores e comunidade. A ação faz parte do Programa Estadual de Conservação e Preservação de Nascentes e Matas Ciliares, indicado como uma das ações do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
“Esse trabalho não nasceu agora. Ele está vinculado a um modelo de desenvolvimento sustentável de economia florestal que vem sendo executado há pelo menos doze anos, fora os outros anos de lutas e conquistas que essa geração desenvolveu”, afirmou Tião Viana. Viana citou, ainda, o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) e o Etnozoneamento como outros bons resultados das políticas ambientais desenvolvidas nesse período.
O governo do Estado também avança no programa de florestas plantadas que desencadeia o plantio de espécies nativas para fazer o reflorestamento de áreas degradadas. Esse projeto prevê o plantio de 10 mil hectares de seringueiras e outras 15 mil hectares de variadas espécies nos próximos quatro anos. “As seringueiras serão plantações permanentes, mas os outros 15 mil hectares serão utilizados para manejo sustentável, aumentando a capacidade madeireira do Acre”.
Outro programa importante lembrado por Tião Viana refere-se ao que visa o desenvolvimento da cadeia produtiva do pescado. O governo está incentivando a atividade de piscicultura, com a construção de tanques nas propriedades rurais e criando uma infraestrutura para a justa comercialização da produção. A atividade de piscicultura deve reduzir a pressão sobre a floresta, haja vista que ela não necessita de grandes áreas de terra, como a pecuária e a agricultura. A piscicultura também deve contribuir para recuperação de mananciais, já que forma grandes reservatórios de água.
Ajudamos a preservar o meio ambiente e estamos garantindo uma receita econômica muito distinta que venha substituir as atividades tradicionais como a pecuária extensiva pela piscicultura, que usa uma área muito menor.
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GOVERNADOR Tião Viana (D) e o secretário Edegard di Deus falam sobre a Bolsa Ambiente

Fonte: http://pagina20.uol.com.br

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